quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dr. Edson Filho continua na UTI com 4 balas no corpo

Os médicos do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) concederam uma entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira (9), para explicar sobre o estado de saúde do médico neuropsiquiatra Edson Ferreira Filho, baleado por um paciente na manhã de hoje dentro do hospital, enquanto trabalhava.  
 
O médico foi atingido por quatro tiros, sendo que dois atingiram o tórax, um acertou o ombro esquerdo e o outro atingiu o punho direito.  O médico foi submetido a uma cirurgia na tarde de hoje para a retirada das balas. Segundo os médicos, a cirurgia durou aproximadamente quatro horas. As balas continuam alojadas no corpo do médico. Após o procedimento, o neuropsiquiatra precisou ser levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde está sedado e respira com ajuda de aparelhos.  Nesta sexta-feira (10), um novo boletim médico será divulgado, no qual será informado se ele deve ou não passar por mais uma cirurgia.


Entenda o caso

O paciente Elionaldo dos Santos, de 37 anos, atirou no médico neuropsiquiatra Edson Ferreira Filho, na manhã desta quinta-feira (9), dentro do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, oeste do Pará. Ele alegou que sofre de depressão e fazia tratamento com o médico há 10 anos, tendo gasto muito dinheiro, mas nunca melhorou e, por isso teria tomado essa atitude. “Há 10 anos que estou contando com ele. Ele disse que em cinco meses eu ficaria bom. Com 10 anos eu não fiquei bom, fiquei com raiva e fiz isso. Eu gastei o dinheiro do meu gado todinho e nunca fiquei bom. E ele, só enganando. Aí, eu resolvi fazer esse negócio”, justifica o atirador.


Elionaldo entrou no hospital com um revolver calibre 38, roubado no município de Rurópolis, oeste do Pará, e disparou seis tiros contra o neuropsiquiatra, acertando quatro balas no mesmo. Ele foi preso e encaminhado à Penitenciária Agrícola Silvio Hall de Moura, e aguardará posição da Justiça, que avaliará, por meio de exames, os problemas psicológicos que o acusado afirma ter para determinar se ele continuará preso ou serão tomadas outras atitudes.



 Atendimentos no Hospital Regional

Quem estava esperando atendimento nesta quinta-feira no Hospital Regional do Baixo Amazonas deverá retornar em outra data a ser remarcada. O hospital fechou para atendimentos pelo resto do dia. Estão paralisados os procedimentos eletivos, clínica, ambulatório e laboratório. Estão funcionando apenas os serviços de hemodiálise e centro cirúrgico. No momento dos tiros, houve muita confusão e correria. "Entrou uma senhora com uma criança, depois de uns três minutos, o cara [atirador] entrou, empurrou a porta e atirou. Eu sai correndo, tropecei nos outros, cai, andei engatinhando até que eu me levantei, entramos num consultório, fecharam. Corremos e entramos noutro, tinham umas 20 pessoas nesse, engatou bolsa, camisa na tranca da porta. Foi um sufoco", relatou uma paciente que testemunhou os tiros.

"A gente estava próximos da sala. Só vi quando a moça do hospital gritou. Eu não sou daqui. A gente vai voltar sem fazer o exame. Eu nunca passei por um susto desses. A gente ficou tremendo. A gente nunca viu isso. Cidade pequena nunca aconteceu isso", contou outra paciente.  "Fui ao banheiro, quando sai com o meu filho, ouvimos o barulho de tiro e todo mundo correu, ninguém sabia de nada. Depois foi que o Tático chegou foi que foram ver o doutor Edson no chão. A gente se abala com um negócio desses. Desde os oito anos de idade que ele consulta o meu filho", afirma uma paciente.

"Estava marcados os meus exames. Agora, parou tudo. Até meus documentos ficaram trancados. Acho que isso aqui tinha que ter uma segurança. Do jeito que eu entrei com sacola, tinham que revistar as pessoas. Por isso que acontece uma coisa dessas", ressalta um homem que aguardava atendimento.

Fonte: Notapajos

Um comentário:

  1. É... Como disse Cristo Jesus diante do romano que o pretendia castigar: "Nenhum poder terias sobre mim se não fosse dado dos céus".

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